26 abril, 2010

Respeito em abandono

          Pichado foi o símbolo do Brasil, tal qual um pecador identificado! Com assinaturas e inscrições de protestos, nossa nova maravilha do mundo assim amanheceu, tatuada de provocações em forma de tinta. É o fim do Rio? O começo do fim? Não, é somente um exemplo de como nós, brasileiros, respeitamos nossos símbolos e instituições.
          Só pra constar, em pleno feriado último, diversos cartões-postais do Rio também mostravam sinais de abandono: na Marina da Glória, com o esplendor da Guanabara ao fundo, juntavam-se uma barraca com seus moradores (de rua, agora Baía); no Corcovado, a linha férrea que dá acesso à "redenção", encontrava-se interditada em função dos deslizamentos; no Centro e por toda a parte, juras de amor, estampas de guetos e  outros mais estavam representados em forma de piche. Até quando? Até quando a tua liberdade e o teu direito de ir e vir, sufocam e vão de desencontro à vida minha? Transgressão é coisa feia, e desrespeito, em quaisquer níveis e lugares, seja em casa ou na faculdade, com gestos ou palavras, é deplorável. E tem mais... pior do que a transgressão, é a permissividade desta, acrescentada à inexistência de bons exemplos dada por aqueles que regulam a sociedade. Isto é feito pelo estado brasileiro; ele não fiscaliza e pune, apenas disfarça arranjando bodes expiatórios
          O Brasil tornou-se um país sem referências, sem exemplos e infelizmente o desrespeito tomou seu lugar num ciclo contínuo. A moralidade e o civismo deram lugar à impunidade e à exaltação da malandragem. A passividade da classe média, que deveria formar opiniões, alcança a estratosfera! É egoísta, preguiçosa... prefere pagar planos de saúde, escolas e impostos, reduzindo-se aos comodismos e individualismos paralisantes, ao invés de cobrar, protestar, MELHORAR.
          Precisamos buscar referências, espelhando-nos no bom passado, adaptando ilibáveis condutas de outrora para o presente, com o intuito de construir um melhor futuro.
Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes. (Albert Schweitzer)

Um comentário:

Solange A. Y. R. disse...

Nem preciso dizer que tb acho vergonhosa essa noticia.
Adoro seus comentários.
Obrigada,
Bjos
Soso

 
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