01 setembro, 2008

Reeleição e Plebiscito.


Há 10 anos a reeleição para cargos do Poder Executivo entrou em vigência no país, após a aprovação, em 1998, da emenda constitucional n° 16, de 4 de julho de 1997. Penso que a reeleição é uma arma forte que trouxe maior possibilidade de implementação dos então escassos projetos de governo a longo prazo; ela deu viabilidade a planos diretores intencionados em planejar o futuro de uma esfera por décadas, transpondo o tempo de mandato dos gestores. Realmente 4 anos é pouco para dar continuidade à grandeza (ou pequenez) dos feitos de um mandato, ainda mais quando tratam-se de medidas sócio-econômicas.

Com a mudança promovida durante o governo FHC (PSDB), tivemos na esfera municipal, em 2000, a reeleição do então prefeito Oswaldo Mochi Júnior (PMDB/Coxim). Acredito que a população reconheceu a vastidão e o ineditismo de seu primeiro mandato, que trouxe inúmeras e profundas transformações em diversas áreas, assim justificando sua expressiva votação sobre o tradicional e experiente político João Leite Schimidt (PDT). Foi um verdadeiro plebiscito, que deu respaldo e credibilidade a Mochi para que este continuasse com seu trabalho à frente da Prefeitura.

Passados 8 anos desta eleição, digna de se conservar na memória, passamos nós por uma nova possibilidade de reeleger um mandatário. O engenheiro agrônomo Moacir Kohl (PDT) busca seu terceiro mandato como prefeito de Coxim, tem em seu histórico político um mandato como vice-governador no primeiro Governo Zeca do PT (1999-2002) e uma disputa pelo governo do estado em 2002. Sua concorrente é a advogada Dinalva Mourão (PMDB), ex-vereadora por 2 mandatos consecutivos (1997-2004) e candidata vencida por Kohl nas eleições de 2004. Acredito que nos toca analisar quais são os méritos que tornam o atual prefeito e seu último mandato credenciados a terem seus projetos continuados.

Quais sementes por ele foram plantadas? Quais frutos, por ele colhidos, são de fato méritos próprios? Como está nossa Coxim, comparada ao que era em 2004? Progredimos, estacionamos ou retrocedemos? Aproveitamos ou desperdiçamos oportunidades? Tivemos soluções apresentadas para nossos grandes entraves e problemas? Quais destes foram amenizados ou sanados? São essas algumas das perguntas que devem ser acrescentadas ao debate que se inicia. É este o debate que gostaríamos de presenciar.

Sinto que estacionamos, ao contrário de nossas vizinhas São Gabriel e Sonora, que apresentaram crescimento chinês, assim como as também sul-matogrossenses Corumbá e Três Lagoas. Nosso sistema de saúde está um caos, nossa cidade encolhe populacionalmente, ainda vive na dependência do funcionalismo público. A prefeitura não é criativa, nem empreendedora, não incentiva nem atrai empresas, não dá voz ao pequeno produtor rural, nem ao jovem que quer iniciar seu próprio negócio... não dá fomento ao turismo, não divulga nossas belezas naturais e nem incentiva nosso setor hoteleiro. Nossa cultura patina, e olha que temos um baluarte da música sertaneja como ídolo-símbolo. Pra ser bem sincero, as mudanças que senti em Coxim foram tal qual uma maquilagem num rosto cansado representada pela reforma e construção das praças públicas e edificação da Concha Municipal. Sim, trouxeram nova textura, mas não deram o vigor o qual a nossa cidade necessita.

Acredito que a Dinalva trará este vigor, pois a conheço, sei como se importa com os setores mais fragilizados; ela realmente sabe como solucionar muitos destes entraves, é humilde e na sua humildade sabe acolher, formular e/ou buscar boas experiências, tem idéias novas e possíveis de serem concretizadas. À Dinalva não falta vigor e tenho a certeza de que ela pode converter toda esta intenção por mudanças em acontecimentos sólidos que hão de trazer melhorias evidentes à Coxim. Meu voto é 15, "pela vontade do povo", porque tenho a certeza de que Coxim tem barreiras a serem transpostas e a Dinalva é a candidata capaz de levar-nos a um novo e melhor destino transponível.






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