18 setembro, 2008

Boiada




Boiada, triste boiada
Na estrada cheia de pó
Boiada, o meu coração
Também caminha tão só

Levando junto a saudade
Velha esperança guardada
Vai carregando a tristeza
À passo lento na estrada

Saí de casa menino
Deixei chorando meus pais
Cresci no mundo sozinho
E não voltei nunca mais

A irmã deve estar casada
A mãe que nunca me esquece
Meu pai de certo está velho
O irmão já nem me conhece

A lua beija meu rosto
Sereno me faz um carinho
O vento faz serenata
A onde durmo sozinho

As estrelas são meus guardas
Posso dormir sossegado
E quando eles vão embora
O sol vem juntar meu gado

Muitas vezes na despedida
Eu tenho que disfarçar
Quando uma lágrima rola
Caindo em meu olhar

A poeira levantando no céu
Formando um letreiro
Se espalha em letras de pó
Lembrança de boiadeiro
Pedro Bento e Zé Da Estrada


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