18 setembro, 2009

Bienal do livro: compensa?


Saio do Posto 10 de Ipanema num domingo ensolarado do Rio de Janeiro para visitar a Bienal do Livro no longínquo RioCentro. Trânsito chato, ainda mais pra mim, que compartilho com os cariocas (da Zona Sul) a visão de que o Rio só vai do Leblon até a Lapa.

No caminho, má sinalização, motoristas agressivos e mal-educados, e olha que eu fui de carro! Olhando pela janela, busquei um consolo na constatação de que os transportes de massa estavam lotados tal qual polvos numa caldeira de paella. Pois bem, chegando lá, estacionamos (R$14,00 a bagatela) e tive o desprazer de pagar a inteira (R$12,00) do bilhete por ter esquecido-me de levar a carteira de estudante.

Com o mapa do evento na mão e um céu de livros caindo sobre mim, fui em busca dos meus tesouros preciosos. Record, Cia das Letras, Moderna, Sextante e dezenas de outras editoras se faziam presentes no evento, alocadas em três enormes pavilhões, trazendo lançamentos e clássicos. Na minha lista constavam os livros Outono do Patriarca (Gabriel G. Marquez), Paciente Particular (P. D. James), Manual da Clínica Médica e algum outro fator surpresa a ser escolhido por lá.

Decepcionei-me com os preços, principalmente com os da lindíssima estande da Cia. dos Livros, e vou além, contando-lhes a minha maior frustração... foi feita uma enorme propaganda destacando um desconto a ser dado em cada estande, no valor da entrada ou estacionamento, caso sua compra ultrapasse os R$50,00. Na verdade, descobri que a promoção não era válida para todas as estandes (eles não frisaram isso) e não encontrei uma lista das estandes que aderiam à promoção. Enganosos, não?

Acabei levando dois livros, e nenhum daqueles citados acima: Olhos de Cão Azul (Gabriel G. Marquez) e Doutor Jivago (Boris Pasternak). Quanto à praça da alimentação, era cara e ruim. Demorei horas para escolher qual das opções seria a "menos pior" e fui na corrente da mais disputada, a de pastéis (um pastel encharcado de gordura e com uma massa horrorosa por R$4,50).

Não pude assistir à palestra a qual pretendia (Zuenir Ventura, da periferia para o centro), pois não haviam mais senhas. Talvez esta valesse o desembolso. Cheguei em casa e o relógio já contava além da primeira hora da segunda-feira, e com as minhas reflexões tive a conclusão de que uma ida aos sebos do Rio é bem mais vantajosa do que prestigiar esta Bienal nada inovadora de 2009 no Rio.

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